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16.12.11

Hipóteses


Não devemos ficar muito impressionados com uma hipótese, só porque ela é nossa. Toda hipótese não passa de um pequeno passo no caminho do verdadeiro conhecimento. Temos que perguntar, sempre, por que uma determinada ideia nos agrada tanto. Temos obrigação intelectual de compará-la, imparcialmente, com as alternativas. É fundamental verificarmos se é possível encontrar razões que a invalidem. Se não fizermos isso, outros o farão — e nós seremos ultrapassados, vergonhosamente. O que nos deve interessar, antes de tudo, é a verdade, e não o nosso apego a certas conclusões que adoramos.


O PRINCIPAL INGREDIENTE DESSE DOCE DELEITE CHAMADO AMOR É A BREVIDADE


Hoje eu assisti ao nascer do Sol. Fui lá fora e sentei-me na primeira fila. Contei quarenta e cinco coqueiros à beira do mar e ouvi dois bem-te-vis e uma sabiá, cantando como se fossem os autores da trilha sonora de um espetáculo divino que nunca mais verei de novo. Amanhã verei um outro — diferente, certamente... As ondas do mar onde esta manhã molhei meus pés nunca mais serão as mesmas. Aurora nunca se repete.


Hoje é terça-feira. Hoje eu não quero muita coisa. Por isso vou ficar ali na praia, conversando com Netuno, tomando água de coco, olhando sereias, catando conchinhas e sentindo os lábios de Afrodite lamberem-me os pés... Hoje eu não quero muita coisa. Hoje é terça-feira. Hoje eu só quero abraçar a metade do infinito...

A metade mais gostosa do Infinito.


QUALQUER ALTERNATIVA A SER FELIZ É UMA BOBAGEM


Eu amo o Amor e a Liberdade do próprio Amor. Não encarcero meu Amor no coração. Ao contrário de Vinícius, não enclausuro meus amores no meu peito. Há muito tempo que abri meu coração inteiramente, para que entrem nele os meus amores de repente. Entrem e saiam quando queiram, diferentes. Eu só amo amores livres — indescentes.


SÓ QUEM ACORDA PERCEBE QUE TUDO NÃO PASSA DE UM SONHO

São duas as moedas que compram a Liberdade: chamam-se Desapego e Coragem. E não dá para se ter uma sem a outra. Acontece que o verdadeiro desapego vai além das coisas materiais. Só ficamos realmente livres quando nos desapegamos até das coisas espirituais. Principalmente das coisas espirituais! Não basta desapegar-se do vinho e do Camaro vermelho: é preciso desapegar-se de Zeus. De Zeus, de Apolo, e de Vênus. É preciso desapegar-se do pão e das flores. Das estrelas — e também dos amores...

Sem desapego, impossível ser livre. E sem liberdade, impossível ser feliz.

A felicidade é uma flor delicada que a gente pendura nos galhos do Agora. Desde que bem pendurada, jamais cairá. Vai durar para sempre. Nunca secará. A felicidade é um estado de espírito — e é um estado tão profundo, que, uma vez atingido, viverá conosco para sempre. A felicidade, depois que a conhecemos de verdade, nunca mais a perdemos. É como uma iluminação budista ou zen. Talvez sejam até a mesma coisa.

Mas não imaginem que eu esteja negando a gostosura que é ter um Camaro vermelho ou um cavalo negro com sela de prata. A gostosura que é comer um pão sovado ou ganhar um buquê de rosas champagne. A gostosura que é ter orgasmos. Desapego não significa privação nem desprezo. É amor puro pela coisa em si.


Sou cigano, mas quando leio as tuas mãos não te quero ver a sorte: eu te quero ver amor.


O primeiro clitóris que eu toquei foi o da minha mãe quando nasci. Ele brilhava só por mim, como a própria luz da virgindade. Era um farol no alto da montanha, era um sino na catedral de amor por onde entrei neste mundo encantador. Meu primeiro orgasmo já foi cósmico. Eram sete e vinte da manhã e eu vibrei cento e oitenta vezes sem parar. Aquilo não era um parto natural, era uma partitura. Minha mãe não gemia, cantava — e eu não era só um bebê normal que nascia de um corpo humano, mas uma sinfonia em sol maior que floresceu a partir de uma semente divina, colorida, entusiasmada. Era um sábado de alelúias, e eu amei chegar como cheguei. Naquele momento, ao ouvir as mil badaladas, eu já senti que o meu destino era viver. E eu vivo.


NÃO TENHA SEDE. TORNE-SE ÁGUA.


Quando digo que toda viagem tem retorno, parece que não sou bem compreendido. Aliás, nem é mesmo para ser: eu produzo metáforas — e quem produz metáforas não busca compreensão. Aquele outro que viajava com pássaros do céu e cheirava delírios do campo também não era muito bem compreendido... Porque o retorno a que me refiro não é apenas geográfico: é o retorno em termos de investimento, mesmo. É o lucro, o ganho, a vantagem — a experiência que uma viagem nos traz, mesmo que não haja o retorno físico para o lugar de onde se partiu. Até porque, nessa perspectiva, não há retorno efetivo jamais. Somos outros quando voltamos. Uma viagem nos transforma; às vezes para sempre — e de modo irreversível. Quem já fez ou conhece a história do Caminho de Santiago sabe disso. Quem já foi ao Monte das Oliveiras ou ao Pico do Jaraguá sabe disso. Quem já veio à Bahia em busca de aventuras e surpresas, sabe disso. Quem já saltou de pára-quedas ou desceu correnteza ou subiu as cachoeiras de São Francisco, também. Quem corre riscos com certa frequência, quem ama a liberdade absoluta — quem ama a Vida absoluta — sabe do que estou falando. Os destemidos e os loucos inteligentes sabem disso. Até Sêneca dizia que a sorte favorece os destemidos.


TODA VIAGEM TEM RETORNO


Mais de oito da noite, uma cidade hospitaleira, mas num país estranho, e eu não sabia sequer onde dormir. Parecendo Zorba o Grego. Com apenas cinquenta dólares no bolso, um cartão quebrado e falando línguas que aqui não entendem. Essa assombrosa e radical instabilidade é fascinante — acreditem. Às vezes me canso um pouco dela, mas mesmo assim quero continuar com ela, porque sei que é disso que eu preciso para viver com emoção. E se algum dia eu mudar, meus amores, façam-me voltar a esse tipo de vida, façam com que eu me lembre do quanto isso tudo é muito bom. A normalidade é uma doença. Nunca mais serei normal. Tenho é que radicalizar ainda mais, com veemência, nesse caminho de perdição e gostosura. Sou movido a pecado, transgressões e alegria.


QUEM VIAJA SEM DESTINO NUNCA SE PERDE


Quando você puder ajudar uma criança a escolher a futura profissão, diga-lhe que ela poderá, entre outras coisas, ser um arquiteto ou contador. Ajude-a a decidir-se. Diga-lhe que o arquiteto vai criar o Guggenheim Bilbao, a Opera de Sydney, ou um novo Cristo Redentor. Mas o contador não vai além de um balancete.



Mas é preciso que eu hoje faça uma ressalva. Tenho dito que você deveria libertar-se das amarras, saltar profundo e viver a vida. Acontece que isso é uma proposta retórica. Não estou pregando que você deva realmente abandonar tudo e sair correndo agora mesmo. Simplesmente porque não há profundidade suficiente para todos saltarem, ao mesmo tempo. Aliás, se todos saltassem perderíamos as referências. Se todos saltassem — saltar passaria a ser uma coisa banal, comum. Se todos largassem tudo, a vida viraria uma bagunça... Seria o caos. E se tem uma coisa pior do que a ordem absoluta, é a desordem absoluta. Portanto, é preciso que quase todos permaneçam exatamente como estão, atolados nessa desgraçada rotina quotidiana — e cuidando das engrenagens do mundo — para que apenas uns poucos, pouquíssimos, saltem profundos. Saltar profundo não é pra todo mundo.

A VIDA É UMA FLORESTA

Eu abro uma picada na floresta e me dou bem. Eu adoro abrir picadas na floresta. Esta é a minha função preferida. Mas você tem que abrir a sua própria: experiências não se transmitem. Não queira seguir esta que eu abri, nem siga, muito menos, aquela que os normais dizem ser a única. Há milhares — e cada um tem que abrir a sua. Eu posso apenas te emprestar a foice. E te ajudar a afiá-la de vez em quando.
O resto é com você




Sou minha própria liberdade e tudo aquilo que permite. Sou a luz do meu caminho, sou meu passo, meu galope, meu próprio cavalo, meu cansaço, meu repouso, minha luta e minha dança. Meu sono e meu despertar, minha garganta e minha voz. Sou as palavras que profiro e até mesmo as que eu não digo. Sou a paz, harmonia que se reparte, como tudo, sou aquele que fica e o que parte, o que supõe — e o que dispõe. O criador e a criatura. O coração do cisne negro, as asas do pássaro no voo, o vento e a vela.

E o sopro.

E suponho que você daqui saia diferente do que era quando entrou. Eu quero te provocar, intelectualmente. Quero que você suba ao palco da Vida agora mesmo. Por isso é que nas cadeiras poéticas do meu teatro eu coloco um monte de pregos instigantes e palavras que te levam a pensar. Eu te provoco com metáforas de açúcar. Eu te cutuco com verbos e delícias insistentes. Eu te cutuco com flores e estrelas — todo dia — porque quero que você pense de modo diferente. Quero que você mude. Quero que você viva. Quero que você dance no arco-íris de um violino que se chama Liberdade.



É UM DESPERDÍCIO IMPERDOÁVEL TER UM GRANDE CORAÇÃO — E DEIXAR NELE UM ÚNICO AMOR.


Eu me apaixonei pelas duas — ao mesmo tempo. Mas, enquanto Patrícia desejava "o melhor" para mim, Suzana só queria que eu fosse um poeta louco, exagerado. Eu, de minha parte, que nunca tive mesmo a pretensão de ser indispensável, só queria fluir. Fluir e dançar. Fluir e voar, enquanto ainda houvesse algum vento de liberdade soprando em mim. Enquanto ainda tivesse meia dúzia de asas boas. Patrícia, por uns tempos, foi o meu maior amor, em quase todos os sentidos. Suzana, também. Por isso, dediquei a elas tudo o que fiz de melhor naquela fase da minha vida.

Eu as amava, mesmo! Era sincero quando lhes dizia, a cada uma, "eu te amo". E também sincero nos momentos em que só pude amá-las em silêncio profundo porque estava, respeitosamente, com outras. Corria o ano de 1999. O século 20 estava virando de ponta-cabeça. E a Vida, ali — me convidando como fosse Tentação. Como todo mundo que busca crescimento espiritual, eu tenho dois lados: o sério e o gostoso. Patrícia, é claro, queria o primeiro. Suzana — o gostoso. Patrícia queria, primeiro, o eterno, o estável, o mais tarde. E Suzana queria, primeiro, o segundo, o momento — o agora. Patrícia queria o marido. Suzana, o poeta. Patrícia, como já disse, era sensualíssima, mas Suzana tinha a inocência mágica dos 17. Enquanto Patrícia adorava o burguês que morava no meu corpo, e me cobria de roupas, perfumes e presentes, Suzana só me descobria. Adorava o meu lado maluco, segurava minhas mãos como se me pegasse todo, e dizia, olho no olho, sorrindo, encantada: Viva a vida, Edson — nos três sentidos...

Patrícia queria certezas; Suzana me jogava no abismo. Patrícia significava segurança, estabilidade. Mas Suzana quer dizer Aventura. Durou quase dois anos esse nosso delicioso triângulo de vertigens. E foi só quando chegamos ao pico é que tive de optar com veemência. Porque, de Patrícia, eu tinha que me salvar correndo, para enfim poder viver. E de Suzana, eu só queria ter belíssimas lembranças... Além disso, ambas também precisavam salvar-se de mim.

Então, saltei.
De cabeça, no coração da Vida.




Aprendi a voar vários tipos de voos, para toda ocasião. Depois que tomei o verdadeiro gosto pela coisa, ficou muito mais difícil rastejar. Pouso às vezes, é claro — e tenho o poder de pousar onde quero, desde que o lugar, ele mesmo, não se esquive. A hora do pouso e quanto vai durar — sou eu quem decide. Aliás, se fosse diferente, nada mais faria sentido na vida. Nunca perderei a capacidade de levantar voo, na direção que quiser, e pelo tempo que pretender. Sou eu que determino as condições do meu voo. Não abro mão dessa prerrogativa. Meu contrato é com o vento. Informal.



Os saudáveis enlouquecem. Os outros ficam por aí, parecendo normais.


Este eu que ora sou,
hoje,
num enorme,
num desesperado esforço de imaginação,
movido por poéticas circunstâncias,
pode até jurar-te
amor eterno.

Mas,
como esperar
— como exigir —
que o outro eu que amanhã certamente serei
cumpra
eternamente
o que te promete
este eu que agora sou?


O trem da vida ainda vai passar por muitas estações. Não demore muito em nenhuma delas.


Sabe, eu acho que Deus abençoa muito mais o meu amor que a minha fé. Pois continuo transformando água em vinho branco, todo dia. Minha festa não acaba nunca. Sou um cisne que não morre.

Para mim, todo momento é uma oportunidade — de criar, de sonhar, de inventar alguma coisa. De ter uma ideia, de dar um abraço, ou de fazer amor. De tomar um vinho, ou de tomar um sol. Para mim, toda ocasião é uma chance única de viver a vida. Toda ocasião é uma festa. Desperdiçá-la seria um pecado. Aliás, como dizia meu bisavô, o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida.

Mas eu me equilibro nesse ofício de ser muitos, de andar numa corda, saltar numa linha e correr pelos versos de mim. Eu me equilibro nesse instante em que o eterno se desfaz. Nesse inexato momento em que o poeta que sou agora dança. Pois o meu destino é viver na arena, dançando entre os leões famintos. É um perigo, eu sei. Porém, nos intervalos das lutas, sorrindo, tomo sempre vinho rouge no gargalo colorido das garrafas de cristal. Talvez um dia eu acabe até morrendo na arena, quem sabe. Acontece que, antes de "morrer" na arena, eu VIVO na arena — e isso faz toda a diferença. Prefiro ser um gladiador ensangüentado a ser um boi feliz. Meu coração precisa de sangue, não de capim.


PORTANTO, OLHE PARA OS LADOS

Agora mesmo, onde você estiver, olhe para os lados. Observe o ambiente em seus mínimos detalhes. Apure a sensibilidade, ajuste a consciência, abra seu coração, respire fundo, olhe para os lados outra vez, e responda-me, sinceramente: — As pessoas com as quais você hoje convive são amorosas, compreensivas, inteligentes, excitantes, audaciosas, livres, saudáveis, brilhantes, honestas, sensíveis, delicadas, independentes, e cheias de entusiasmo pela vida?
— São?!
Porque, se assim não forem, responda-me: O que é que você continua fazendo aí?



MUDE, MAS COMECE DEVAGAR, PORQUE A DIREÇÃO É MAIS IMPORTANTE QUE A VELOCIDADE.


Tem gente que pensa que essa minha frase é de Clarice Lispector. Chegam a pintá-la em paredes. De minha parte, tudo bem. Fico até lisonjeado em escrever um poema de relativo sucesso que pode ser atribuído à maior escritora do Brasil. Aliás, cada um a seu modo, somos existencialistas, eu e Clarice. Falamos do Nada que contém tudo, e do vazio que nos preenche. Só não compreendo como é que seu filho, Paulo Gurgel Valente, teve a coragem de vender o MEU poema para a Fiat fazer o comercial de TV. E esse Sr. ainda se recusa a tocar publicamente no assunto. Terei de levá-lo, de novo, à barra dos Tribunais. /// Click na foto à esquerda e veja detalhes do crime.


TODA MINHA LUTA É UMA DANÇA EM DEFESA DA VIDA

Quando a questão é a defesa da vida, eu sou radical: Não abro mão daquilo que me é fundamental: o corpo, a alma, a liberdade, o amor. Por isso, eliminei da minha vida, radicalmente, tudo que maltrata, tudo que amedronta, censura, inibe, separa, impede, cerceia, corta, machuca, sufoca. Eliminei da minha vida tudo que é ciumento, possessivo, autoritário, mesquinho, rasteiro. Exatamente por isso é que minha Vida flui — deliciosa.

A propósito, eu acho interessante que você faça uma faxina nas tuas relações.



Eu defendo a liberdade absoluta — mas também a relativa. Prefiro a liberdade inteira e toda, mas se vier em pedacinhos, também os amo, abraço, beijo, como, acaricio. Não desperdiço nem um tiquinho...




PONTOS DE VISTA

Quero antes te fazer umas três ou quatro perguntas, cujas respostas podem me dizer quem você é: Especialmente em questões subjetivas — tais como amor e religião — quando você não concorda com determinadas concepções, também considera que a razão pode estar do outro lado? Em certas discussões você tem abertura intelectual suficiente para eventualmente considerar que o ponto de vista contrário ao teu pode estar até mais próximo da verdade? Você já não defendeu valores, ideias e proposições que depois envelheceram, desesperadamente? Você já não teve tantas certezas absolutas que mais tarde foram fulminadas pelo tempo, pela experiência e pelo estudo? Sobre certos assuntos, você já não mudou de ideia muitas e muitas vezes? Será que agora nunca mais vai mudar? Será que você já chegou a todas as conclusões possíveis?

É. Quando você me conhecer um pouco mais verá que sou mesmo um fazedor de perguntas... Eu gosto de questionar, principalmente as verdades estabelecidas.



Delírios, sonhos, utopias... Quem ama a Liberdade tem direito a tudo isso!


Eu devo a minha vida à Ciência e não à Fé. Se algum dia eu ficar doente, procurarei um médico, não um curandeiro. Daqui a pouco eu volto aqui para continuar este assunto.


SEM FILOSOFIA NÃO SE FAZ CIÊNCIA

Tudo que existe — existe duas vezes: primeiro, na cabeça do criador. Toda mudança tem que antes ser sonhada. A realidade só se transforma de verdade, na prática, depois que transformou-se em teoria. Primeiro no cérebro — depois, no mundo. Sem sonho, sem loucura inteligente, nada se produz. Nada de concreto se produz. Nem sorvete, nem avião, computador, arranha-céu. Os inventores são todos visionários. Einstein, Jesus Cristo, Picasso, Galileu e Niemeyer: um bando de malucos. Se dependesse dos normais, ainda andaríamos de carroça. Talvez nem de carroça, pois a roda foi criada por um louco. Sem fantasia e liberdade não se encanta o cotidiano. A imaginação descontrolada é que dá cor e vida ao mundo. Por isso é que a Loucura é necessária, desejada — e tão temida.


SEM FILOSOFIA NÃO SE FAZ AMOR

Ameaçam me punir

Eu supero uma norma sufocante, ultrapasso com amor e alegria uma pequena lei moral, salto por sobre um preconceito medieval que não é meu, e cometo alguns pecadinhos inocentes, deliciosos e profundos. Só por isso, eles, os formuladores de regras absurdas, já me apontam o dedo e ameaçam me punir. Acontece que eles — os juízes da moral conservadora — rompem todo dia com a Razão da própria Vida, e com toda a Lógica do mundo, e nem se dão conta dessa enorme barbaridade. Esses infelizes violam todo dia as Leis da Natureza, e acham isso absolutamente normal...

23.8.11

Rebeldia inteligente

Desobedecer sem lógica e disciplina é uma burrice, especialmente perante autoridades opressoras das quais você depende. O rebelde inteligente primeiro busca sua própria independência. Rebelde que depende da mesada para comprar seu pirulito é apenas um palhaço.